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O que é LIMITE !?

O LIMITE

Guilherme Figueiredo, Julho 2015

 

Há quem diga que o automobilismo move multidões de apaixonados ao redor do mundo pelo simples motivo de que nele, os pilotos e as máquinas ultrapassam seus limites. Limites de reflexo, destreza e concentração para os homens e aderência, rotações por minuto, down force, aceleração, entre tantos outros para os carros. Mas o que é, e onde está esse limite?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

No sentido literário, entre outras definições, limite define o fim de algo e o começo de outro. Para a matemática, limite é algo definido as vezes até mesmo no infinito. Essa definição complexa que leva milhões de pessoas todos os finais de semana, para a frente da TV de casa, para os padocks e arquibancadas dos circuitos ao redor do globo é o que toda equipe automobilística e principalmente todo piloto quer alcançar. Eu, como piloto, me excluo dessa turma. Não busco alcançar tais limites. Irão dizer: limitado! (o trocadilho foi bom, vai) Mas nem por causa disso vou deixar de tentar melhorar, eu explico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Imagine o limite da concentração, no qual se alcança o estado mais puro da meditação. Nele, segundo relatos, o ser humano não tem mais o controle de seu corpo físico. O que tornaria impossível a pilotagem, certo? Ok! Agora imagine o limite de aderência de um pneu e que após esse ponto, esse número que define a quantidade de aderência, o pneu começa a escorregar. Ele também não serve para os pilotos, pois comprovadamente em alguns casos carros de corrida vão mais rápido quando estão "a deriva". Diabos!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Agora se imagine na pista, junto comigo. Você acabou de fazer a melhor volta da sua vida. Na próxima, você tenta a mesma coisa, mas não alcança o tempo. Na outra, tenta diferente, e o cronômetro te castiga mais uma vez. Após algumas tentativas você se da por vencido e define: aquele ali é o meu limite. Por algum motivo, naquela volta, seus sentidos estavam mais aguçados que antes, seu carro estava nas melhores condições físicas possíveis. E você alcançou! Vamos pensar agora, como se estivéssemos olhando através de um microscópio para todos os fatores que te trouxeram até a volta perfeita. Pense no limite do traçado, onde um milímetro a mais por onde o pneu passou te geraria perda de tempo. Pensou? Agora vamos dividir esse milímetro por dois! Pense no seu limite de concentração, um pulso nervoso a menos e você estaria meditando, agora vamos dividir esse pulso por dois! Vamos ampliar o cenário e pensar em tudo que estava envolvido naquela volta - a mais rápida da sua vida. Vamos dividindo, tudo, por dois! Você estava longe do limite, não estava!? Cada um daqueles fatores primitivos, racionais, do homem, da maquina, do clima, poderia ser medido em relação ao limite e então dividido por dois. Você tem muito que melhorar, certo!?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


É com esse pensamento que nós, pilotos, devemos enfrentar as pistas todas as vezes que nos assentarmos aos desconfortáveis bancos dos carros de corrida. Esse é o nosso trabalho. É assim que ultrapassamos nossos limites e movemos multidões para nos assistirem, com nossas máquinas letais, em circuitos através do mundo. É com esse pensamento que vou ali, enfrentar meu próximo desafio!

 

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Amo isso e Automobolismo!!!

Por que gosto de automobilismo?

Marcello Monteiro, Maio 2015

 

Porque sempre se pode colocar a culpa no equipamento! Começar um texto com uma pergunta não é muito usual, mas muito conveniente, principalmente para descrever como foi minha participação na Copa do Brasil de Kart Indoor, realizada nos dias 2 e 3 de maio no Kartódromo Internacional de Volta Redonda, na cidade de mesmo nome no estado do Rio de Janeiro. Sim, vou colocar a culpa de meus resultados também nos karts, mas eu juro que desta vez a culpa foi deles!

 

Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa. Na primeira classificatória meu kart não tinha velocidade final, o que para um piloto com 13 kg acima do peso é fatal, com isso apesar de largar na segunda posição, fui sendo ultrapassado por todos, um por um, sem poder esboçar qualquer tipo de reação, resultado, penúltimo colocado porque outro piloto acabou quebrando, fazendo-me “herdar” sua posição. E ainda fui punido por ter rodado um piloto na largada após uma “empurrada” que levei do piloto que vinha atrás de mim, não conseguindo frear a tempo de evitar o choque. Meu consolo, ou desculpa, foi ver o piloto que pegou o mesmo kart na bateria seguinte sofrer da mesma forma, o que ajuda a manter a autoestima para a próxima bateria.

 

Na segunda classificatória apesar de um kart que apenas não tinha bons freios, alimentei poucas expectativas, já que larguei em penúltimo, devido ao critério de inversão da ordem de largada da primeira classificatória. Em resumo, larguei em penúltimo, em penúltimo cheguei, em um voo solo e graças à desistência de outro concorrente.

 

Terceira classificatória e largando novamente em segundo me empolguei, mas minha empolgação se transformou em preocupação quando um amigo me disse que o kart era bom “de final”, mas demorava a embalar porque a embreagem patinava demais, conclusão, fiquei praticamente parado na largada e quando conseguir me movimentar mais da metade do pelotão tinha me passado e os que não o fizeram na largada foram passando nas retomadas de curvas. Terminei a bateria também em penúltimo, desta vez por uma punição de tempo dada ao último colocado. Terminava assim meu primeiro dia de evento, três baterias, três penúltimos lugares. Troféu regularidade para mim!

 

O segundo dia de competições para mim seria rápido, pois sem chances de classificação para semifinal, restava-me disputar somente a última classificatória sem muitas expectativas, e por isso, sem pressão alguma. E assim foi, larguei em terceiro, pulei para primeiro e comecei a me divertir com minha corrida. Meu kart pela primeira vez não tinha qualquer problema ou deficiência, o que me permitiu defender minha posição durante por um bom tempo. Só que correndo na frente de todos com “excesso” de lastro tem seu preço, e nesse momento percebi o quanto é difícil manter a posição, principalmente quando quem vem atrás quer te passar batendo na sua traseira nas entradas de curvas para te fazer rodar. Aliás, essa foi a reclamação de vários pilotos e vem se tornando uma prática corriqueira em torneios desse porte. Depois de levar tanta porrada e ser “espalhado” durante toda prova, acabei sendo ultrapassado por todos e na minha melhor corrida, ironicamente foi a que obtive o pior resultado, último colocado, já que desta vez não contei com nenhum fator extra pista me beneficiando, lá se foi minha regularidade! Mas desta vez pelo menos cheguei “no bolo” e brigando por posições.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois de tudo que descrevi vocês devem estar pensando que minha participação no evento foi uma porcaria, já que não consegui ganhar nada. Mas para mim foi ótimo, pois se os resultados não foram os melhores, me diverti muito e ganhei muito mais que corridas, ganhei novos amigos e reforcei as amizades antigas, adquiri novas experiências e fiz uma das coisas que que mais gosto na vida: correr de kart!

 

Ano que vem será diferente! Será? Isso só saberei quando chegar a hora, mas uma coisa é certa, no próximo ano EU VOLTAREI!!!

Seguem aqui 2 vídeos com alguns minutos de corridas da COPA DO BRASIL com piloto Marcello Monteiro! Grande Abraço!

COPA DO BRASIL DE KART AMADOR 2015 - Volta Redonda/RJ

Piloto Marcello Monteiro - 2ª e 3ª classificatória

A Semana de Corrida

Fim de semana de corrida

Guilherme Figueiredo, Maio 2015

 

 

Mais um final de semana se aproxima e mais uma vez aquele sentimento toma conta de nós, é final de semana de corrida! Cada um com seu ritual, começa a se preparar, física e psicologicamente. Eu prefiro tentar conter a ansiedade com atividades corriqueiras, passar o tempo suando na academia (apesar do meu físico redondo, eu faço academia sim) ou assistir a filmes estimulem um pouco mais de meu intelecto. Para nós, pilotos, a frase que mais nos vem à cabeça na semana que antecede um GP – seja  ele de carrinho de rolimã, ou F1 – é aquela do ator e piloto, Steve McQueen: “Racing is life. Anything before or after is just waiting”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

And we are waiting...

 

Automobilismo se vence nos detalhes e por mais que tenhamos como o principal objetivo a diversão, todos queremos vencer. Para isso a semana que antecede o GP é a semana na qual todos nós voltamos, ainda mais, nossa atenção para os detalhes. É hora de rever os vídeos de nossos adversários e analisar cada detalhe de suas pilotagens, devemos pensar no traçado pré-definido pela organização e estabelescer, por exemplo: para a curva 2, é melhor a tangência tardia? Qual a melhor técnica de frenagem para a curva 3 do traçado invertido? E se o kart estiver saindo de frente? Como vou fazer na largada? Quem larga na minha frente? E atrás de mim?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Perguntas e mais perguntas... Análises e mais análises...

 

 

Mas o dia vai chegar, com chuva ou com sol, vai haver corrida! Você dorme cedo, acorda cedo, prepara seu equipamento e vai para o kartódromo, preferencialmente, com antecedência. No caminho para a pista, vai pensando em tudo aquilo que você viu, reviu e analisou durante a semana. O coração começa a acelerar. Você se esforça para ficar calmo e concentrado. A hora chega. No briefing antes da corrida reclamações sobre a etapa anterior e recados da organização. Seu coração já está quase saindo pela boca. Pesagem, último check de equipamento, você se encaminha, senta no kart, coloca o capacete e o som diminui. Agora, abafado pelo efeito acústico do casco, você ouve somente seu coração e por mais improvável que seja, sua batida cardíaca começa a diminuir, o mundo ao seu redor parece estar mais lento. Você olha ao redor, ainda um pouco atordoado e se percebe “comfortably numb”. O motor liga! É dada a largada!

 

Segue aqui 20 minutos de um ótimo pega!!! E bom Fim de Semanda de Corrida! Grande Abraço!

2ª Etapa Amigos do Kart MG 2015 - Piloto Guilherme Figueiredo

O Kartismo Amador

O Kart Amador

Guilherme Figueiredo, Abril 2015

 

Entre as diversas formas de automobilismo, o kart se apresenta como a mais simples e, por consequência, mais barata entre elas. Chassis tubulares não suspensos, pneus estreitos e uma unidade motora ligada diretamente ao eixo traseiro tornam a modalidade elementar, porém, extremamente emocionante e cativante aos amantes da velocidade.

 

O kartismo é apresentado no Brasil em 03 categorias principais que se diferem, basicamente, por seus motores. Motores 04 tempos de aproximadamente 20 hp e 400 cilindradas formam a F400, motores 125 cilindradas e 02 tempos chegam até a 40 hp entre os graduados, categoria mais rápida do kart. Para pilotos que têm a modalidade como hobbie, a alternativa mais atrativa e de melhor custo benefício é o kart amador. Sua unidade motora é a mesma da F400, porém a preparação limitada não permite que seus motores ultrapassem 15 hp. Sua estrutura reforçada e a existência de proteção lateral tem a finalidade de resistir aos frequente toques entre os pilotos. 

 

O kart amador é oferecido por aluguel nos kartódromos regionais e a semelhança entre os karts tornam suas corridas parelhas e emocionantes. Por essas e outras características, a categoria é comparada a grandes modalidades automobilísticas como a NASCAR Series e as categorias de Stock Car ao redor do mundo. Os adjetivos já citados e o custo benefício do kart amador atrai todos os dias centenas de pilotos, de ex-profissionais a novatos, aos kartódromos de todo o Brasil. Em poucas palavras o kart amador é diversão garantida para o bom apreciador da velocidade.

 

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